Maratonistas mais rápido
O maratonista Haile Gebrselassie
(Etiópia) já era detentor de muitos recordes em 2000, mas sua maior realização
na década ocorreu em 28/9/2008, na 35ª maratona de Berlim. Haile já havia
registrado um tempo recorde no ano anterior, 2h4min26s, também na maratona de
Berlim. O maratonista conquistou ainda títulos mundiais nas categorias de
1.500m, 3.000m, 5.000m, 10.000m, cross country e meia maratona e ganhou dois
ouros olímpicos nos 10.000m, em 1996 e 2000. Por não ter competido nas
Olimpíadas de Pequim em 2008, estava completamente descansado e preparado para
aquela que foi a maratona mais rápida da história. Os quatro líderes
ultrapassaram os demais logo no início e, após 5km, havia certa preocupação, já
que tinham acelerado demais. À medida que o ritmo diminuía, Gebreselassie ainda
estava no páreo para um recorde no km 20. No mesmo ano, Haile tinha afirmado:
“Claro, é possível completar em menos de 2h4min, mas tudo tem que ser
perfeito”. Nessa competição, Gebreselassie cruzou a linha de chegada com
impressionantes 2h3min59s, finalizando a maratona perfeita.
Recordes dos 100m rasos
Em 2008, Usain Bolt
(Jamaica) conquistou reconhecimento internacional ao se tornar não apenas o
primeiro homem a ganhar um ouro olímpico nas três cagetorias de arrancada nesta
década, como também o primeiro homem a registrar um recorde mundial em cada
evento da competição, confirmando seu lugar como homem vivo mas rápido. Seu
treinamento para a final dos 100m olímpicos foi inacreditável. “Acordei por
volta das 11h. Decidi assistir à TV e comer nuggets... Depois comi mais alguns
nuggets e vim para a pista”, declarou o corredor. A dieta pouco comum de Bolt
não afetou sua habilidade para correr, e ele disparou do alto de seu 1,93m,
deixando a concorrência para trás em 9,69s. Quatro dias depois, superou o
recorde de Michael Johnson nos 200m, que durou 12 anos, por apenas dois
centésimos de segundo, com a marca de 19,30s. Com apenas 21 anos na época, Bolt
não parou por aí. Ele correu a terceira perna do revezamento 4 x 100m, conquistando
a terceira medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, e um terceiro recorde
mundial, com o tempo total da equipe de 37,10s. O fenômeno jamaicano realmente
faz jus ao apelido de "Lightning Bolt" (relâmpago).
Mais ouros em uma Olimpíada
As expectativas
depositadas no nadador Michael Phelps (EUA) eram altas nas Olimpíadas de
Pequim. Todos acreditavam que o “Baltimore Bullet” (a Bala de Baltimore)
obteria um grande número de vitórias, mas conseguiria ele levar todas as oito
medalhas de ouro? Michael conquistou a vitória nos 400m medley com grande
vantagem, registrando um novo recorde com a marca de 4min3,84s; e, com a equipe
american,a conseguiu vencer o revezamento 4 x 100m. No dia seguinte, a final
dos 200m livre foi liderada por ele do começo ao fim, e Phelps cravou um novo
recorde 2,5s mais rápido do que o anterior, de 2004. Em 15 de agosto ele dobrou
o número de ouros, de três para seis, com vitórias e recordes mundiais nos 200m
borboleta, revezamento 4 x 200m livre e 200m medley. Em 16 de agosto, o
americano de 23 anos teve concorrentes de peso na final dos 100m borboleta. A
prova estava acirrada e o sérvio Milorad Čavić deslizou até o final, enquanto
Michael teve que fazer uma meia braçada diferente para tentar tocar a borda da
piscina primeiro. Não se sabia o vencedor até a confirmação do resultado no
telão do Cubo d'Água: Michael havia conquistado a vitória com uma diferença
mínima de um centésimo de segundo. O oitavo e último evento de Phelps foi a
final dos 4 x 100m medley, na qual conquistou mais um recorde. Antes das
Olimpíadas ele havia comentado: “Não vou dizer nada. Vou continuar fazendo o
que faço. Não falei nada sobre quebrar recorde algum”. Sete recordes e oito
medalhas de ouro foram os seus resultados.
Primeira temporada invicta por um time da NFL
A Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) passou a ser disputada em 16 jogos em 1978, e por quase 30 anos nenhum time conquistou todas as 16 vitórias. O recorde de invencibilidade pertencia ao Miami Dolphins, que terminara invicto a temporada regular de 1972, mas na época ela era disputada em 14 partidas. Em 2007, os tricampeões do Super Bowl New England Patriots, treinados por Bill Belichick e liderados pelo quarterback Tom Brady, embarcaram na busca dessa conquista desejada por qualquer equipe. Os Patriots levaram um susto na 12ª semana, quando um touchdown no começo do último quarto colocara os Baltimore Ravens na frente, com 24-17. Um gol de campo não seria suficiente e foi preciso um passe para um touchdown de oito jardas (7,30m) de Brady com apenas 55s restantes para que eles vencessem a partida. A final da temporada foi disputada contra o New York Giants, uma batalha incrivelmente acirrada, com o New England cinco pontos atrás no início do último quarto. Mas, com um passe para touchdown de 65 jardas (59,4m) de Brady para Randy Moss, e uma corrida de cinco jardas (4,5m) de Laurence Maroney, eles conquistaram a taça. Os Patriots só não fecharam uma temporada perfeita por não conseguirem vencer o Super Bowl XLII, ironicamente perdendo para o New York Giants.
Menor pontuação abaixo do par em torneios abertos
Tiger Woods (EUA) teve muitos
momentos memoráveis na carreira, iniciada em 1978 quando tinha apenas 2 anos e
praticava o putting com Bob Hope no programa de Mike Douglas. No final da
década, Tiger já era profissional, mas só em 2000 demonstrou dominar o jogo,
fazendo o campo de St. Andrews parecer fácil, no 140º ano do Torneio Aberto.
Tiger deu a primeira tacada num primeiro dia de clima agradável e terminou com
impressionantes 67 pontos, cinco tacadas abaixo do par e uma tacada atrás do
líder, o sul-africano Ernie Els. No dia seguinte, terminou com 66 pontos e em
primeiro lugar. Nos dois dias finais Tiger realizou lances memoráveis – outros
67 pontos e, na rodada final, 69. Ele terminou oito tacadas à frente do rival
mais próximo, mas o fato é que nenhum deles era páreo para Woods, dada a
superioridade que ele demonstrou no tradicional campo de St. Andrews.
Júlio César Alves Tomaz
(julioatomaz@gmail.com)
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