A obesidade pode ser definida, de forma simplificada, como uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo consequência de balanço energético positivo e que acarreta repercussões à saúde (World Health Organization, 2000) com perda importante não só na qualidade como na quantidade de vida (FONTAINE, 2003). As consequências do excesso de peso à saúde têm sido demonstradas em diversos trabalhos. A obesidade é fator de risco para hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e algumas formas de câncer.
Dois aspectos fundamentais relacionados ao balanço energético positivo são o aumento do consumo alimentar (aumento do fornecimento de energia) e a redução da atividade física. Como já comentei anteriormente, um grande aliado da perda de peso é conseguir aumentar o metabolismo basal (MB), como ele está relacionado diretamente com a quantidade de massa magra que temos no corpo (mais informações na postagem: Como queimar gordura mais rápido?), temos que nos manter ativos para que esse aumento aconteça.
É necessário que ocorra uma
mudança em todo seu estilo de vida: comportamento alimentar, social, lazer e familiar.
Todas estas esferas estão em interseção, justificando assim a importância de
mudar todo o estilo de vida.
A obesidade acarreta uma série de consequência em todas as
esferas citadas anteriormente, como por exemplo, hipertensão, resistência a insulina, diabetes, dificuldade de deslocamento, problemas
cardiovasculares, sobrecarga nas articulações, dores na coluna, isolamento
social, baixa autoestima, entre outros. O primeiro passo para mudar esse quadro
é o obeso (a) entender o que acontece com ele e o que pode acontecer, pois não
é fácil mudar em uma sociedade que não fornece ferramentas necessárias para que
essa mudança aconteça, a segregação e o preconceito andam juntos dificultando
esse novo estilo de vida.
Algumas sugestões para iniciar
essa caminhada:
- Procure um médico para realizar um check-up (avaliação)
para saber quais atividades mais indicadas a fazer.
- Procure o acompanhamento de um profissional de atividade
física.
- Modifique seus hábitos alimentares: comer mais frutas e
verduras, diminuir a ingestão de gordura e açúcar, se alimentar de 3 e 3 horas
(em pequenas quantidades).
- Aumentar o gasto energético diário: substituir o elevador
pelas escadas, exercitar pelo menos 30 minutos por dia (caminhada, bicicleta,
musculação, esportes), diminuir o tempo no computador e
televisão (sedentarismo).
- Escolha uma atividade que seja agradável, algum exercício
que goste de fazer, você deve realizar algo que lhe seja prazeroso para que o
resultado chegue de uma forma mais natural.
Alguns benefícios da atividade física:
◘ Aumento
do gasto energético.
- Perda de gordura.
- Preservação da massa magra.
- Diminuição do depósito de gordura visceral.
◘ Aumento na capacidade de mobilização e oxidação da gordura:
- Controle da ingestão alimentar.
- Redução do apetite a curto prazo.
- Redução da ingestão de gordura.
◘ Estimulação da resposta termogênica .
- Taxa Metabólica de Repouso.
- Termogênese induzida pela dieta.
◘ Mudança na morfologia do músculo e na capacidade bioquímica.
◘ Aumento da sensibilidade à insulina.
◘ Melhora no perfil de lipídos plasmáticos e lipoproteinas.
◘ Diminuição da pressão sanguínea.
◘ Melhora da condição física.
◘ Efeitos psicológicos:
- Melhora da auto-estima.
- Auto-imagem.
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Referências:
GIGANTE, Denise P., Prevalência
de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Rev. Saúde Pública, 31(3)
: 236-46, 1997. (DOWNLOAD)
MENDONÇA, Cristina P., Aspectos
das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do
crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 20(3):698-709, mai-jun, 2004. (DOWNLOAD)
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