quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Comportamento da frequência cardíaca na Natação

                                                          Cristiane Rezende , Júlio César Alves Tomaz e Caio Gomes

01. Descrição da atividade selecionada:

Acompanhamos o treino de natação da LUVE da atleta “X”. O treino está descrito abaixo e foi realizado em outubro de 2011:
Aquecimento: 500 metros (50m completo + 25m educativo + 50m pernada) - Crawl

- 8x50 metros (25m educativo + 25m pernada) Medley – com 15 segundos de intervalo se necessário.
Velocidade: 4x25metros com tempo abaixo de 1’30’’-  Medley
Recuperação: 200 metros solto.
- 8x100 metros (25m pernada + 25m nadando) alternando Crawl e Estilo – com 20 segundos.
Principal: A1: 2x (1x200m / 2x100m / 2x50m)
1-    (200m e 100m medley) ( 50 peito) = (200m - 4’/ 100m - 2’15’’ / 50m - 1’15’’)
2-    Crawl (200m - 3’40’’/ 100m - 2’00 / 50m - 1’15’’)
Recuperação: 200 metros solto.

02. Descrição das características básicas do avaliado.
 
a) Gênero: Feminino
b) Idade: 19 anos
c) Nível de experiência com o esporte praticado: 15 anos
d) Peso, estatura e IMC:
Peso – 50 kilos
Estatura – 1,56 metros
IMC – 20,54 (normal)

03. Roteiro básico de coleta de dados:
a) FC de repouso: 60
b) FC máxima: Tanaka e cols. (2001) = [208 – (0,7 X idade)] = 194,7
c) VO2máx indicando o protocolo utilizado.
Teste de 2.400m COOPER: 11’45’’
VO2máx. ml(kg/min)-1 = D(m) x 60 x 0.2 + 3.5 ml(kg/min)-1 / T(seg)
VO2máx = 2400x60x0.2+3.5/ 705 = 40,85 ml(kg/min)-1

d) Registro contínuo da FC desde o período do aquecimento, parte principal e volta à calma.

e) Configuração de um gráfico, tendo um eixo a FC em bpm e outro a % de participação.

f) Análise crítica do comportamento da FC ao longo de toda a atividade, tendo como a referência a sua estimativa indireta de limiar anaeróbico e faixar metabólicas de participação. 

      Estima-se que o gasto energético para uma pessoa nadar uma determinada distância seja quatro vezes maior, do que quando essa distância é percorrida em intensidade semelhante fora d’água (McArdle et al.,1998).
    A grande quantidade de trabalho aeróbio realizado nos programas de natação produz notáveis adaptações no sistema cardiorrespiratório, melhorando o transporte de oxigênio para os músculos implicados no nado. Podemos confirmar essa informação nos dados acima, a frequência da atleta permaneceu entre 140 e 170 por mais de 50% do tempo total, melhorando o sistema cardiorrespiratório.
    Na parte principal do treino, onde foi exigido um maior recrutamento de unidades motoras (força) para realizar o exercício, a frequência sofreu um aumento, mas não foi muito significativo, não houve um salto, mostrando que a atleta está bem condicionada, ela possui uma técnica muito eficiente, pois não envolveu a força excessiva, ela conseguiu “substituir” com a técnica.

3 comentários:

  1. Deve ser citada a bradicardia característica da natação. Fatores como a posição horizontal e a pressão hidrostática podem facilitar o retorno venoso, além da maior facilidade da perda de calor por condução, gerando assim uma redução da FC em esforços submáximos.
    Para o cálculo da FC de pico, orienta-se a realização de um teste específico.

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  2. Muito bom o trabalho! Parabéns Julião!

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  3. Valew marolo, estou pesquisando algumas respostas da frequência cardíaca na natação ainda.

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