Conheça um pouco mais sobre os principais hormônios/substâncias envolvidos durante, antes e após a atividade física e como eles podem ajudar no seu dia-a-dia.
Cortisol - Principal hormônio do estresse de ação prolongada que ajuda a mobilizar
energia, estimular a atenção e a memória e preparar o corpo e o cérebro para
combater os desafios do equilíbrio. O cortisol supervisiona o suprimento de
energia, na forma de gordura, para estresses futuros. Sua ação é essencial à
nossa sobrevivência. Em concentrações altas e contínuas, o cortisol tem um
efeito tóxico sobre os neurônios corroendo as conexões entre eles e rompendo
células musculares e nervosas e prover uma fonte imediata de energia.
Muitos relatam que o cortisol é o vilão por estar relacionado ao estresse, mas temos que entender o que é estresse: é uma situação diferente, que o organismo não está acostumado e tem que reagir de alguma forma com esta situação.
Quase tudo que fizer vai gerar algum tipo de estresse para o corpo e isso é bom, o que nao pode acontecer é ele ser prolongado e/ou não existir um descanso suficiente. Por exemplo, se o cortisol estiver elevado ele vai converter a proteína em glicogênio e começar o processo de armazenar gordura, atrapalhando a hipertrofia.
Dopamina - Neurotransmissor essencial ao movimento, à atenção, à cognição, à motivação, ao
prazer e ao vício. A dopamina está relacionada com a dependência em jogos, álcool e drogas.
Endorfina - Hormônios que são produzidos no corpo e no cérebro e que servem como morfina natural. São liberados quando o corpo e o cérebro são sobrecarregados, bloqueando os sinais de dor para que possamos perseverar em situações fisicamente desconfortáveis. Afetam muitas funções fisiológicas, como prazer, a satisfação e a alegria.
A endorfina
também é liberada após aproximadamente 30 minutos de exercícios físicos
aeróbicos, como por exemplo, uma leve corrida.
Epinefrina (adrenalina) – É ao mesmo tempo um neurotransmissor no
cérebro e um hormônio liberado pelas glândulas suprarrenais. É liberada
imediatamente durante a reação de estresse, preparando o sistema nervoso para
reagir aos desafios à sobrevivência.
Fator de crescimento de fibroblasto (FGF-2) – Uma proteína
produzida e liberada no corpo e cérebro quando os tecidos estão em estresse.
Como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), o FGF-2 ajuda a criar
mais vasos sanguíneos e outros tecidos. O FGF-2 está envolvido na iniciação do
processo de divisão de células-tronco necessário à neurogênese e também
encoraja a potencialização de longa duração (LTP) e a formação das memórias.
Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) – Uma importante
proteína sinalizadora produzida e liberada no corpo quando os tecidos estão
sobrecarregados e não há fluxo sanguíneo para atender a demanda. Como o FGF-2,
o FEGF age como um mitógeno. Os cientistas descobriram recentemente que o VEGF
também é produzido no cérebro e está envolvido na consolidação das memórias.
Fator de crescimento insulina-símile 1 (IGF-1) – Hormônio produzido
principalmente no fígado. Funciona intimamente como o hormônio do crescimento
humano e insulina para estimular o crescimento celular e contrabalançar a
deterioração celular natural.
Fator neurotrófico
derivado do cérebro (BNDF) – Proteína produzida no interior das células
nervosas quando estão ativas. Funciona como um “fertilizante” do cérebro, adubando as células cerebrais
para mantê-las funcionando e crescendo, bem como estimulando o crescimento de
novos neurônios.
Glutamato – O principal
neurotransmissor excitatório do cérebro. É essencial à aderência celular e,
portanto, à neuroplasticidade (mudança).
Serotonina – Um neurotransmissor
vital par o humor, a ansiedade, a impulsividade, o aprendizado e a autoestima.
Frequentemente chamada de policial do cérebro, a serotonina ajuda a abrandar
uma reação hiperativa ou descontrolada em uma ampla gama de sistemas cerebrais.
Hormônio do
Crescimento Humano (HGH) – Hormônio conhecido como o mestre de todos os
hormônios, ele é vital ao crescimento e desenvolvimento de todas as células do
cérebro e do corpo. Controla a distribuição de energia e contrabalança a
atrofia celular natural provocada pelo
envelhecimento.
Todos as substâncias citadas estão relacionadas com a atividade física, cada hormônio/substância trará um benefício, conforme já foi abordado. É importante fomentar que ja foi comprovado cientificamente que o exercício físico consegue ocasionar a neurogênese (formar novos neurônios) e estes podem ser utilizados (transformados) na aprendizagem, facilitando a aquisição do conhecimento em todas as áreas.
Fonte:
Livro: Corpo ativo, mente desperta.
Júlio,
ResponderExcluirseu blog é 10! Estou lendo praticamente todos os posts, que são realmente bons. Agora que vou formar na faculdade vou voltar a me dedicar às atividades físicas!
Abraço
Muito obrigado Paulo, espero estar ajudando.
ResponderExcluirUma excelente semana e se tiver alguma dúvida ou sugestão é só mandar.
Abraço